[RPG] Projeto Brasil 1500 – A Formação do Brasil


O Projeto Brasil 1500 tem o principal objetivo de reunir informações de obras literárias, artigos acadêmicos, filmes, séries de TV, documentários, quadrinhos, jogos de interpretação de papéis (rpg) e sítios eletrônicos formando uma bibliografia, com o tema central A Formação do Brasil, criando uma bibliografia, fonte de pesquisa para desenvolvimento de narrativas para cenário de RPG, em especial O Desafio dos Bandeirantes e A Bandeira do Elefante e da Arara.


No final do ano passado, com o lançamento do RPG A Bandeira do Elefante e da Arara – Livro de Interpretação de Papéis, do autor Christopher Kastensmidt, publicação DEVIR e do anúncio do relançamento do Desafio dos Bandeirantes dos autores Carlos Klimick, Flávio Andrade e Luiz Eduardo Rico, a ser publicado pela Editora New Order, demonstrou que existe um público crescente com interesse por cenários que abordem o folclore brasileiro.

O Folclore Brasileiro é extremamente rico e diversificado, composto por contribuições das mais diversas influências, com destaque para a portuguesa, a africana e a indígena; fato este, que tem estimulado diversos jogadores a buscarem mais informações para desenvolver as suas narrativas e criarem seus personagens.

Com a disponibilidade da aventura pronta Águas de Sumé, recebi inúmeras indagações sobre quais fontes de pesquisas “interessantes” utilizar para desenvolver uma narrativa que aborde de forma diferente o período do Brasil Colônia.

Na Bibliografia do RPG A Bandeira do Elefante e da Arara – Livro de Interpretação de Papéis, há uma extensa lista com diversas obras, dessa forma, não irei reproduzir nessa publicação as referencias já citadas no apêndice, focando em novas obras.

É uma lista extensa, mas não está completa e nunca ficará, pois sempre há obras a serem acrescentadas; frequentemente essa publicação será atualizada. Quero saber a indicação de vocês, deixe o seu comentário!

Livros

1499: O Brasil antes de Cabral – Reinaldo José Lopes
Sinopse: Se você acha que a pré-história brasileira não passou de um interminável marasmo, povoado por pequenas tribos de índios nus que viviam em ocas rudimentares e assavam lambaris no espeto para o jantar, está na hora de ler este livro. Um conjunto impressionante de novos estudos arqueológicos tem revelado que o Brasil anterior à chegada de Cabral, longe de ser um vazio primitivo, tinha populações densas, tradições artísticas vibrantes e “superaldeias” que mais pareciam cidades em plena Amazônia. Nestas páginas, você vai acompanhar toda a saga dos primeiros povoadores deste pedaço da América do Sul, da chegada a um continente então dominado por dentes-de-sabre e tatus gigantes ao surgimento de sociedades complexas e construtoras de grandes monumentos.

Os Índios Antes do Brasil – Carlos Fausto
Sinopse: Um mundo se desenvolveu por milênios à margem do Ocidente e do Oriente, até um dia ser descoberto e conquistado. Seus traços, que ficaram impressos na solidez da pedra e na fragilidade do barro, são o objeto deste livro. Das escarpas dos Andes ao Amazonas, do cerrado ao litoral, o leitor é convidado a conhecer esse mundo de antes de Cabral.

O Brasil Antes dos Brasileiros – André Prous
Sinopse: Como estudar a história dos povos que habitavam o Brasil antes da chegada dos colonizadores? Como formular hipóteses sobre o modo de vida desses grupos que nada deixaram registrado na forma escrita? Todas as fontes da pré-história do território que conhecemos como Brasil consistem em vestígios materiais deixados pelos antigos habitantes e parcialmente preservados dos processos naturais de degradação. Escrito por André Prous, um dos maiores arqueólogos em atividade no país, 'O Brasil antes dos brasileiros' traça a história da pesquisa arqueológica brasileira e apresenta as mais recentes hipóteses acerca do povoamento e ocupação do nosso território. Em abordagem direta e compreensível para os não-iniciados, o autor analisa nosso acervo arqueológico em toda sua diversidade e desfaz a falsa impressão - bastante difundida - de uma realidade homogênea.

As Aventuras de Tibicuera – Érico Veríssimo
Sinopse: "Aqui estão as aventuras de Tibicuera, contadas por ele próprio. O herói narra sua fabulosa viagem através do tempo, que começou numa taba tupinambá, antes de 1500, e terminou num arranha-céu de Copacabana em 1942." Assim Erico Verissimo apresenta sua versão da história nacional, publicada em 1937 com o objetivo de fazer frente ao nacionalismo ufanista do Estado Novo. Logo no início, o herói recebe dois presentes do pajé de sua tribo: o apelido Tibicuera, que significa "cemitério" em sua língua, e o segredo da eterna mocidade. A posse desse segundo regalo lhe permite participar de episódios marcantes da história do Brasil. O índio está no litoral da Bahia quando Cabral aporta, em 1500. Participa da luta contra os franceses e os holandeses no Rio de Janeiro e em Pernambuco, e da defesa do Quilombo dos Palmares. Combate na Revolução Farroupilha e está presente nos eventos da Independência, bem como na agitação que marca a proclamação da República. Trata-se de uma mistura de fato e ficção que ensina, além de divertir, ao possibilitar que a história se desenrole - conforme diz Tibicuera - como "um romance de aventuras que se passa na Terra e tem como personagem principal a Humanidade".

Essencial Padre Antônio Vieira – Padre Antônio Vieira
Sinopse: Em “Essencial Padre Antônio Vieira”, o selo Penguin-Companhia reúne os principais sermões e cartas do “imperador da língua portuguesa”, além do texto inédito em português A chave dos profetas, traduzido do latim, e de uma introdução do professor Alfredo Bosi. O enfático juízo de Fernando Pessoa sobre Antônio Vieira contido num verso de 'Mensagem' conserva sua plena validade neste início de século XXI. O perfeito domínio das sutilezas da retórica seiscentista, a impressionante erudição bíblica e literária e a inigualada capacidade de instruir, comover e deleitar simultaneamente continuam a fazer da prosa do “imperador da língua portuguesa” um clássico absoluto nas duas margens do Atlântico, mais de três séculos após sua primeira publicação.

1565 – Enquanto o Brasil Nascia – Pedro Doria
Sinopse: Este é um livro de história. Ou de muitas histórias. São personagens, lugares, vidas que se encontram no início da formação do nosso país. De repente, passeiam pelo Brasil templários franceses, dividindo a mesa de refeições com calvinistas, ao mesmo tempo que nossa costa é tomada por piratas holandeses. Os portugueses multiplicam filhos com as índias, povoando e dividindo o território. Os índios, experientes estrategistas das suas guerras, tramam alianças com as nações européias. Mas os jesuítas também querem o paraíso tropical, com a missão da divulgação do paraíso celeste, e são os negros, negociados também por negros africanos, que cimentam com o seu suor os projetos de todos.

A Viagem do Descobrimento – Brasilis Vol 01 – Eduardo Bueno
Sinopse: Entre na caravela de Cabral. Circule por entre soldados e marujos, pilotos árabes e astrólogos judeus, intérpretes hindus e nobres lusitanos. Descubra o que comiam e quanto ganhavam esses homens. Viaje com eles por mares tempestuosos e calmarias enervantes. Saiba que forças políticas e econômicas moviam a esquadra que chegou ao Brasil, mergulhando no mundo da Escola de Sagres e do Infante D. Henrique – um herdeiro dos Cavaleiros Templários. Este livro busca o relato da nossa história como uma grande aventura – em que homens precisaram vencer seus limites na busca de um novo mundo.

Dicionário Mulheres do Brasil – James Joyce
Sinopse: Com cerca de 900 verbetes e mais de 270 ilustrações este “Dicionário Mulheres do Brasil” torna-se, a partir de agora, referência obrigatória para o estudo da história brasileira. De Abigail Andrade a ZuZu Angel – passando por Bertha Lutz, Clarice Lispector, Escrava Anastácia, Princesa Leopoldina e inúmeras mulheres até então atrás dos panos -, são aqui resgatados 500 anos de luta e conquista de direitos.

O Brasil Holandês – Evaldo Cabral de Mello
Sinopse: De acordo com a obra, a presença do conde Maurício de Nassau no nordeste brasileiro, no início do século XVII, transformou Recife em uma cidade desenvolvida. A história do governo holandês no Nordeste brasileiro se confunde com a guerra entre Holanda e Espanha. Em 1580, quando os espanhóis incorporaram Portugal, lusitanos e holandeses já tinham uma história de relações comerciais. Este volume reúne passagens de documentos da época, desde as primeiras invasões na Bahia e Pernambuco até sua derrota e expulsão. Os textos – apresentados e contextualizados pelo historiador Evaldo Cabral de Mello – foram escritos por viajantes, governantes e estudiosos. São depoimentos de quem participou ou assistiu aos fatos.

A Rainha Ginga – José Eduardo Agualusa
Sinopse: A Rainha Ginga – Este romance histórico narra à incrível e verdadeira história de dona Ana de Souza (1583-1663). Senhora de um reino poderoso nos vastos sertões da costa ocidental da África, dizimado e reconstruído vezes seguidas, ela exerceu seu poder com inteligência e originalidade. Astuta nas negociações políticas, a Rainha Ginga estabeleceu alianças diplomáticas com os holandeses, ao mesmo tempo em que comandava os seus exércitos contra outros reis africanos, e tropas luso-brasileiras. Ardilosa, vaidosa, adotou uma coleção de esposas (na realidade homens, vestidos como mulheres) e se casou várias vezes com chefes militares que desejava como aliados políticos. O renomado escritor José Eduardo Agualusa recupera a trajetória desta poderosa rainha, compondo uma história de amor, sexo e poder.

Africanos livres: A Abolição do Tráfico de Escravos no Brasil – Beatriz Mamigonian
Sinopse: Em 7 de novembro de 1831, foi promulgada a lei que proibia a importação de escravos para o país e punia todos os envolvidos na atividade. O avanço legal se devia, ao menos em parte, à pressão exercida pela Coroa britânica. Como se sabe, o Estado brasileiro acabou se mostrando conivente com o tráfico ilegal de africanos e a escravização de suas vítimas nos anos seguintes. Apesar de ter tido impacto importante no avanço do movimento abolicionista, a imposição sancionada seria, no fim das contas, "para inglês ver". Em Africanos livres, Beatriz G. Mamigonian toma a lei de 1831 como o eixo narrativo, ao qual se imbricam a análise da experiência dos ex-escravos, de sua administração pelo governo imperial e dos efeitos do contrabando. Baseado em pesquisa inédita, o livro avança até a campanha abolicionista na década de 1880, quando os militantes mais radicais forçavam o reconhecimento de todos os africanos ilegalmente escravizados como "africanos livres".

O Guia Completo dos Dinossauros do Brasil – Luiz E. Anelli
Sinopse: De autoria de Luiz Eduardo Anelli, professor do Instituto de Geociências da USP, curador da exposição “Dinos na Oca”, e ilustrado por Felipe Alves Elias, ambos paleontólogos, O guia completo dos dinossauros do Brasil é o primeiro livro que reúne informações sobre os nossos “dinos”. São mais de vinte espécies estabelecidas a partir dos achados fósseis, desconhecidas da população leiga e até mesmo da comunidade científica, e apresentadas pelo autor de forma contextualizada: o livro traz comparações entre as descobertas no Brasil e na Argentina, país que já conta mais de cem “dinos”. Ao tratar os fósseis como “máquinas do tempo”, capazes de oferecer chaves de entendimento para as dinâmicas dos ciclos da vida e estabelecer a conexão entre os dinossauros e seus descendentes contemporâneos, as aves, o autor torna o tema instigante não só para os especialistas, mas também para o público em geral. Um livro que a Peirópolis – editora que, além de considerar a temática ambiental um de seus grandes valores, leva o nome de um dos sítios paleontológicos brasileiros, tem orgulho de publicar.

Histórias Da Gente Brasileira – Mary Del Priore
Sinopse: A história do Brasil jamais foi contada como nas páginas desta coleção. Lançando mão de uma pesquisa de fôlego e de pontos de vista inéditos, Mary del Priore uma das historiadoras mais importantes da atualidade transporta o leitor de volta ao passado brasileiro, encontrando na simplicidade da vida cotidiana a resposta para como nos tornamos quem somos hoje. Iniciando pela colônia uma jornada por nossos mais de quinhentos anos, ela joga luz sobre os anônimos que deram forma ao país. Aqui, a vida das ruas interessa mais do que datas marcantes; o dia a dia no trabalho da gente simples chama mais atenção do que nomes famosos; e os hábitos e costumes revelam mais do que a história tradicional costuma contar. É se aproximando tanto quanto possível dos nossos antepassados, até o ponto em que suas vidas parecem se descortinar bem diante dos nossos olhos, que este livro abre caminho para uma nova leitura da nossa história mais empolgante, verdadeira e humana.

Antologia da Alimentação no Brasil – Luís da Câmara Cascudo
Sinopse: 'História da alimentação do Brasil' chama a atenção dos estudiosos pela sua idéia, conteúdo e pela apresentação dos temas. A obra dá oportunidade a todos os interessados e curiosos em culinária de conhecer o que se comeu e bebeu no Brasil, sob a influência de várias etnias, principalmente a portuguesa, a indígena e a africana. Luís da Câmara Cascudo pesquisou e selecionou os antigos costumes universais comparando-os com o do Brasil, bem como a fabricação de objetos de uso no preparo da alimentação e até a padronização de horários de refeições, suas superstições e crendices.

História dos Nossos Gestos – Luís da Câmara Cascudo
Sinopse: Os ingênuos que julgam o passado morto precisam ler urgentemente a História de Nossos Gestos, de Luís da Câmara Cascudo. Lição de antropologia, evocação histórica, registro folclórico, escrito com a leveza de uma pluma caindo e a erudição de um sábio alemão, o livro, distribuído em 333 capítulos brevíssimos, mostra a perpetuidade muitas vezes milenar de nossos gestos, a primeira linguagem humana, moedinhas de circulação diária cuja data de cunhagem ignoramos, alguns remontando à aurora dos tempos históricos, há 3, 4 mil anos. "O Gesto é anterior à Palavra. Dedos e braços falaram milênios antes da Voz. As áreas do entendimento mímico são infinitamente superiores às da comunicação verbal. A Mímica não é complementar mas uma provocação ao exercício da oralidade. Sem gestos, a Palavra é precária e pobre para o entendimento temático", observa Cascudo. Quem poderia imaginar que o simples ato de esfregar as mãos, como sinal de alegria, tenha nascido nos sacrifícios de gratidão aos deuses, há milhares de anos? O V da vitória, popularizado pelo primeiro-ministro inglês Winston Churchill, durante a Segunda Guerra Mundial, e tão usado hoje pela geração paz e amor, era o gesto executado pelo gladiador ferido na arena romana, há 2 mil anos, pedindo perdão. Esticar a língua para fora da boca, como sinal de zombaria, constituía uma atitude velhíssima há 2 mil anos, quando o poeta Pérsio o registrou. A assistência que bate palmas para um artista repete um gesto praticado em Babilônia, há mais de três mil anos, significando então um pedido de proteção aos deuses. Há também gestos típicos brasileiros, sem similar em parte alguma, como o ato de dobrar o dedo indicador em anzol, que se executa para o papagaio pousar os pés, dirigindo-o à pessoa que fala demais. Simples, provocativo, mais eloquente do que mil palavras.

Araruama: O Livro Das Sementes - Ian Fraser
Sinopse: Em Araruama, o momento do nascimento é um ritual sagrado. Monâ, a mãe do tempo e de todas as coisas, costura a duração de vida dentro do corpo de cada criança. Ao som das palavras de Majé Ceci após o parto, cada destino é selado: Kaluanã, nascido para uma vida mais longa que os números podem dar conta; Obiru, o capanema que morrerá jovem, destinado a descascar mandioca sob o olhar de desgosto do pai; Apoema, a que vê além e sonha em voar. Em O Livro das Sementes, o primeiro volume da série, o leitor é transportado para uma realidade dura e encantada, onde as palavras são magia, a floresta é o mundo e forças determinam o equilíbrio da Ibi, a terra. A harmonia se baseia nas regras dos deuses, onde morte e vida, caça e caçador convivem até que a luz se apague. Mas este ciclo tão familiar pode estar com os dias contados, pois sobre a Ibi se espalha um sentimento novo e incômodo: uma “fome sem apetite”, uma paixão pelas pedras derretidas. É o anúncio de que tempos sombrios estão por vir, sob formas nunca vistas antes – e os destinos das crianças de Araruama estão tão entrelaçados como raízes retorcidas.

A Arma Escarlate – Renata Ventura
(A trama desenvolve-se em 1997, mas há diversas influências do folclore brasileiro)
Sinopse: O ano é 1997. Em meio a um intenso tiroteio, durante uma das épocas mais sangrentas da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, um menino de 13 anos descobre que é bruxo. Jurado de morte pelos chefes do tráfico, Hugo foge com apenas um objetivo em mente: aprender magia o suficiente para voltar e enfrentar o bandido que ameaça sua família. Neste processo de aprendizado, no entanto, ele pode acabar por descobrir o quanto de bandido há dentro dele mesmo.

A Comissão Chapeleira – Renata Ventura
(A trama desenvolve-se em 1997, mas há diversas influências do folclore brasileiro)

Sinopse: Atormentado pelos crimes que cometeu em seu primeiro ano como bruxo, tudo que Hugo mais queria naquele início de 1998 era paz de espírito, para que pudesse ao menos tentar ser uma pessoa melhor. Porém, sua paz é interrompida quando uma comissão truculenta do governo invade o Rio de Janeiro, ameaçando uniformizar todo o comportamento, calar toda a dissensão, e Hugo não é o único com segredos a esconder. Para combater um inimigo inteligente e sedutor como o temido Alto Comissário, no entanto, será necessário muito mais do que apenas magia. Será preciso caráter. Mas o medo paralisa, o poder fascina, e entre lutar por seus amigos ou lutar por si próprio, Hugo terá de enfrentar uma batalha muito maior do que imaginava. Uma batalha com sua própria consciência.

Quadrinhos

Angola Janga: Uma História de Palmares
Sinopse: Angola Janga, “pequena Angola” ou, como dizem os livros de história, Palmares. Por mais de cem anos, foi como um reino africano dentro da América do Sul. E, apesar do nome, não tão pequeno: Macaco, a capital de Angola Janga, tinha uma população equivalente a das maiores cidades brasileiras da época. Formada no fim do século XVI, em Pernambuco, a partir dos mocambos criados por fugitivos da escravidão, Angola Janga cresceu, organizou-se e resistiu aos ataques dos militares holandeses e das forças coloniais portuguesas. Tornou-se o grande alvo do ódio dos colonizadores e um símbolo de liberdade para os escravizados. Seu maior líder, Zumbi, virou lenda e inspirou a criação do Dia da Consciência Negra. Durante onze anos, Marcelo D’Salete, autor de Encruzilhada e do sucesso internacional Cumbe, pesquisou e preparou-se para contar a história dessa rebelião que tornou-se nação, referência maior da luta contra a opressão e o racismo no Brasil. O resultado é um épico no qual o destino do país é decidido em batalhas sangrentas, mas que demonstra a delicada flexibilidade da resistência às derrotas. Um grandioso romance histórico em quadrinhos que fala de Zumbi, e de vários outros personagens complexos como Ganga Zumba, Domingos Jorge Velho, Ganga Zona e diversos homens e mulheres que compõe o retrato de um momento definidor do Brasil.

ICH
Sinopse: Uma coleção de máscaras com a virtude de transformar aqueles que as usam. Um império que se vê ameaçado por criaturas monstruosas. Um jovem que, sabendo o final de sua história, decide tornar-se o herói dela. Uma garota que conhece todos os segredos da selva e utiliza-os. Um demônio que joga muito bem com as cartas que a sorte lhe deu. A batalha entre o Bem e o Mal... Com a América como troféu. Após massacrar indígenas atrás de ouro e riqueza, os conquistadores espanhóis são atacados por criaturas misteriosas, que lhes devolvem a violência e o sangue derramado. Mas, quando um estranho inquisidor é chamado ao Novo Mundo, os defensores da floresta encontram um perigo muito maior que os sabres e mosquetes dos conquistadores. Ambientada na América do Sul, quando a chegada dos espanhóis trouxe uma era de trevas e medo para os nativos, ICH é uma história fantástica de sangue e terror. Contada magistralmente pelo escritor Luciano Saracino (Jim Morrison: o Rei do Lagarto), conta com a arte de tirar o fôlego de Ariel Olivetti (Batman, Conan, Demolidor).

Filmes

Besouro 
Sinopse: Bahia, década de 20. No interior os negros continuavam sendo tratados como escravos, apesar da abolição da escravatura ter ocorrido décadas antes. Entre eles está Manoel (Aílton Carmo), que quando criança foi apresentado à capoeira pelo Mestre Alípio (Macalé). O tutor tentou ensiná-lo não apenas os golpes da capoeira, mas também as virtudes da concentração e da justiça. A escolha pelo nome Besouro foi devido à identificação que Manuel teve com o inseto, que segundo suas características não deveria voar. Ao crescer Besouro recebe a função de defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito existente.

Série de TV

Caramuru - A Invenção do Brasil
Sinopse: Em 1º de janeiro de 1500 um novo mundo é descoberto pelos europeus, graças aos grandes avanços técnicos na arte náutica e na elaboração de mapas. É neste contexto que vive em Portugual o jovem Diogo (Selton Mello), pintor que é contratado para ilustrar um mapa e, enganado pela sedutora Isabelle (Débora Bloch), acaba sendo punido com a deportação na caravela comandada por Vasco de Athayde (Luís Mello). A caravela acaba naufragando, mas ele, por milagre, consegue chegar ao litoral brasileiro. Lá conhece a bela índia Paraguaçu (Camila Pitanga) com quem logo inicia um romance temperado posteriormente pela inclusão de outra índia: Moema (Deborah Secco), irmã de Paraguaçu.

Documentários

Primeiro Contato: Tribo Perdida da Amazônia
(Indicação de Yago Reis no grupo de A Bandeira do Elefante e da Arara)
Sinopse: Um antropólogo adentra a Amazônia para investigar se o aparecimento de uma tribo isolada é o fim das sociedades sem contato com o resto do mundo.

Sítios Eletrônicos



Artigos Acadêmicos.

História da Medicina – A Varíola No Brasil Colonial (Séculos XVI e XVII)
Resumo: Parte inseparável e tenaz da vida animal, as doenças infecciosas acompanharam e moldaram a história do homem na terra, sobretudo quando começou a viver em aglomerados. No Novo Mundo, com a chegada dos europeus, manifestaram-se como a “guerra biológica da conquista”. Atingindo uma população indígena imunologicamente incapaz de combatê-las, a gripe, o sarampo e a varíola selaram o destino de milhões. Neste estudo, objetivamos relatar a catástrofe que representou a varíola para o Brasil, visto que matou de 30% a 50% de suas vítimas indígenas, desestruturou toda a sociedade nativa, causou danos imensos à economia colonial e fomentou o tráfico negreiro.

Jesuítas e Medicina no Brasil Colonial
Resumo: O objetivo deste artigo é analisar a ação dos jesuítas na área da saúde no Brasil colonial.  Os inacianos incorporaram esta tarefa aos árduos ideais missionários e educacionais, mantendo em seus colégios boticas e enfermarias e atuando informalmente como físicos, sangradores e até cirurgiões. A escassez de médicos, pelo menos até o século XVIII, o alto preço das drogas e dos remédios oriundos de Portugal e do Oriente e a sua freqüente deterioração nos navios e nos portos obrigaram-nos a se voltarem para os recursos naturais oferecidos pela terra e para os saberes curativos dos indígenas.

Doenças entre Indígenas do Brasil nos séculos XVI e XVII 
Resumo: O presente artigo é resultado de uma revisão bibliográfica e de uma consulta a fontes sobre as doenças que afetaram os povos indígenas da costa do Brasil, nos primeiros séculos da  colonização.  Primeiro apresentamos um  listado  descritivo  dessas  doenças, especificando  aquelas  enfermidades  que  se  tornaram  epidêmicas;  na  sequência, consideramos o paradigma da compreensão e as etiologias dessas doenças, especialmente o hipocrático, padrão explicativo que acompanhou o processo civilizatório no Ocidente. Os dados  levantados  sugerem  que,  concomitante  à  visão  considerada  científica  à  época, prevaleceu uma compreensão mítico-religiosa das doenças inclusive entre os missionários e demais agentes civilizadores.


RPG - Jogos de Interpretação de Papéis

Jaguareté: O Encontro
Autor: Alexandre Pilan Zanoni, Andressa Lopes de Oliveira, Bruna Marina Portela, Caian Alberto Andrade de Mello, Fábio Luís Gasparello Marcolino, Laura Pérez Gil, Laércio Loiola Brochier, Gustavo Godoy, Márcia Cristina Rosato, Mateus Henrique Buffone, Sady Pereira do Carmo Júnior, Victor Hugo Oliveira Silva
“Jaguareté: O Encontro” é um livro-jogo de RPG (“Role Playing Game”, traduzido como “Jogo de Interpretação de Personagens”) ambientado no período do primeiro contato entre os europeus e os povos nativos ocupantes do território que viria a ser chamado de Brasil. Diferente de outros RPGs que já abordaram o assunto, o material produzido pelo Museu inova por focar a visão de mundo das etnias indígenas que aqui viviam e pelo rigor acadêmico do conteúdo. O conjunto do material é composto por um livro base (com a descrição do cenário e as regras), um livro do professor, um mapa, um escudo de jogo e um dado. O material busca contribuir com o cumprimento da Lei 11.645 que torna obrigatório o ensino das histórias e culturas afro-brasileira e indígena. O jogo propõe uma perspectiva única e inédita nos RPGs: os jogadores poderão experimentar e imaginar a vida dos povos ameríndios tanto do seu cotidiano quanto dos conflitos, da cosmologia e da mitologia.

Jaguareté: O Encontro – Livro do Professor
Autor: Bruna Marina Portela, Fábio Luís Gasparello Marcolino, Laura Perez Gil, Sady Pereira do Carmo Júnior
Parte integrante do material pedagógico “Jaguareté: O Encontro”, o Livro do Professor é um guia sobre como aplicar este RPG em ambiente escolar, explicando passo-a-passo como é possível aplicar o jogo em Sala de Aula. Além disso, o livro traz uma aventura-exemplo intitulada “O Resgate das Araucárias”, com descrições detalhadas, dicas de interpretação e personagens prontos.

Araruama – As Verdades do Turunã
Autores: Ian Fraser e David Dornelles.
Aventura para Old Dragon: Uma aventura de 1º ao 3º nível.
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Comentários

  1. ótima iniciativa!
    Comprei na pré venda e gostei bastante do RPG A Bandeira do Elefante e da Arara.
    Se não me engano, o segundo livro da coleção Brasilis, "Náufragos, Traficantes e Degredados" do Eduardo Bueno, também trata desse período.
    Abraços!

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